As Melhores Músicas de 2016: 80º – 67º.

 

Chegou!!! Dezembro se aproxima do fim e os sites entram em uma onda caótica para entregar as listinhas de melhores do ano em tempo suficiente para não deixar o hype baixar. O Delírios tardou ao máximo para dar chance aos desafortunados e aproveitadores que tentam angariar alguma fama neste período, mas uma hora teria de acatar ao apelo popular, e a hora é agora.

Apesar da qualidade aquém do esperado de 2016, uma boa pesquisa e muita paciência resultaram em um número considerável de tracks que merecem a ouvida e uma marca entre as bests de sua respectiva época. Se fosse em outro ano, seriam esquecidas? Talvez, mas isso é apenas exercício de imaginação que não se concretizará. O que vale é o presente. E nele, juntei 80 canções que, no momento, julgo serem as melhores dos últimos 12 meses. Elas serão divididas entre 5 partes com 14 amostras e então um Top 10 para encerrar em alto nível.
O início dessa jornada se dá aqui. Desligue a fúria, lembre que se trata de minha opinião e torça calmamente para suas favs marcarem presença. Here we go (e perdoem algumas diferenças no espaçamento, pois este layout é uma catástrofe e me “desobedece” com frequência):
 
80º C-ute – Life is Step


Sem dúvidas, Life is Step é, disparadamente, o melhor dos 6 singles lançados pelas líderes do H!P neste 2016. A inspiração de vestuário no The Supremes abraça competentemente o retrô style pra mesclar o Jazz com Pop de menininha, algo tão bizarro quando escrito, mas encantadoramente viciante quando escutado. Destaque para o uso contínuo de sax e os versos de Suzuki Airi e seus dentes tortos (curso Odonto, caras). Espero que façam algo desse nível pra cima para seu já anunciado disband, em 2017.

79º Laboum – Journey To Atlantis

Journey to Atlantis é o início do descalabro do Laboum. É uma boa faixa, bem inferior a Aalow Aaalow, Sugar Sugar e What About You, mas superior aos esforços posteriores das meninas – Shooting Love e Winter Story. Ao contrário das duas últimas, entretanto, o synthpop açucarado funciona bem ao mesclar a jovialidade do Lovelyz com a harmonia do Apink para nos encher de fofura e berros repetitivos que grudam na cabeça tanto quanto chiclete no cabelo.

78º Oh Bliss – Bunny Bunny

 
Sim, OhBliss. Gostaria muito de ver as expressões de desaprovação e desdém em que vocês devem estar agora. Mas o fato é que as meninas me ganharam, e nem foi por provarem caçhaça. O Aegyo caipira não apresenta nada de novo em seus versos suaves e acelerados, mas é ao chegar no refrão que somos golpeados pelo poder de um grude bem trabalhado para viciar – nade de complexidade, key changes ou adornos, apenas uma repetição ensandecida coelhocoelhocoelhocoelho. Melhor do que dizer que vai fazer algo novo para se aproximar do fandom e matar a todos de tédio.


77º Vixx – Fantasy


Vixx trabalhou bastante em 2016, mas nada chegou perto do seu lado emo-gótico-trevoso-sensual demonstrado em Fantasy. O build-up mais sério e místico funciona muito bem para segurar a expectativa e nos prender para um refrão explosivo que contrasta bem com tudo que fora apresentado até ali, algo que o YG deveria aprender a fazer em seus filhos. Ademais, a coreografia é minha favorita entre boygroups neste ano. Bem, vai dizer isso pros Exotics.

 

76º Hyuna – Do It!


Nem sei quando passei a gostar disso, mas quando percebi, já estava irreversivelmente vidrado. A canção tem início com a assinatura Rap de Hyuna, em versos de ritmo razoável, esganiçados e zombeteiros, até chegar num clímax mais Teen Pop embalado por inspirados e simplesmente sem sentido Automatic Automatic Automatic

 

75º Oh My Girl – One Step Two Steps

Oh My Girl foi o ato que mais me decepcionou neste ano, mas entre Liar Liars e Aings, tivemos uma b-side tristemente overlooked que não merecia ser midiaticamente suplantada por seus leads enfadonhos. Ainda que tenha um clima ingênuo e com sintetizadores bem juvenis em toda sua melodia, a harmonia das vozes das integrantes carrega uma intensidade que deveria ser a marca das meninas após Closer.

74º Berry Good – Angel
Berry Good foi um dos prejudicados pelo mal do tempo. Eu conheci elas por Angel e gostei tanto, mas tanto, que criei um post solo. Porém, 8 meses separam aquela data a hoje, e neste ínterim, os infindáveis replays saturaram meus ouvidos do synthpop etéreo e emocional. A posição se dá por respeito e saudosas memórias de exultação imediata.

 

73º NCT 127 – Wake Up

 

Poxa, eu achei o debut do NCT U tão ruim que demorei pra dar uma chance pra esse 127 por ainda não fazer distinção nenhuma de quem é quem, o que é o que e o que a SM está fazendo. Errei, pois entre as units, a que leva o sobrenome numérico é de longe quem entregou melhores resultados – não apenas em comparação isolada entre os NCTs, mas sim entre quaisquer boygroups. Wake Up não é a melhor faixa do mini, mas ainda assim marcante com um electro-pop que evoca uma áurea de mistério com os sintetizadores UFOs (como adoro falar isso) e a puxada Urban conforme nos aproximamos do refrão, que é bem acompanhado pelo break. A repetição incessante do chorus no terço final, assim como a curta duração, são outros acertos para nos deixar com vontade de mais em seu fim.
72º Twice – TT

O single que consolidou o avassalador fenômeno Twice é subestimado e superestimado concomitantemente. Por um lado, obviamente não vale os tantos de recordes em charts, vendas e views, mas também passa longe de ser o horror que haters tentam pregar. Existem vários atos por aí fazendo carreira no nome sem merecer artisticamente. Twice está no meio termo. Em sua curta carreira, não convenceram a ponto de justificar a alcunha de “futuro grupo da nação”, mas se o ouvinte tiver noção disso, TT é perfeitamente degustável, divertida e visualmente criativa, algo que vale muito pela grande diversidade e concentração de carisma das integrantes.
Mas por favor, JYP, assuma o próximo comeback.
 
71º Sistar – One More Day

A histórica parceria entre o Sistar e Giorgio Moroder não ficou tão histórica assim, mas isso ainda faz dela algo bem acima da média. A pegada disco que é inerente ao ancião casou bem com a tessitura invejável de Hyolyn, enquanto seu trio de coadjuvantes não compromete. O que torna a experiência realmente memorável é o MV ativista e aplaudivelmente corajoso no contexto cultural em que está inserido. Até por isso, é claro, fez muito mais barulho no Ocidente do que lá, onde foi impiedosamente varrida pra baixo do tapete.
70º AOA – WOW War Tonight

Mais uma das surpresas proporcionadas por Carlos™. Eu já falei disso em post solo e na review do álbum que vocês ignoraram mais que a carreira do April, então me atenho em afirmar: quem não gostou está errado. Eu estou certo.

 

69º DJ Juice feat. LOCO e Hanhae – Higher

No meio de tanta porcaria que o canal da Loen solta diariamente, se você perscrutar pacientemente, encontrará algo com menos de 100k views, mas de boa qualidade. Foi com este método que me deparei com higher, um eletro-rap nada inventivo, mas executado eficazmente. A dinâmica entre o LOCO e o carinha com camisa do Justin Bieber evita a pose de ostentação tão famigerada no gênero, e com a batidinha do DJ suco, soa genuinamente underground sem pecar em excessos – aprende aí, Bobby.

68º Apink – Sunshine Girl

A melhor música de toda carreira do Apink é uma b-side de um single japonês lançado com pouquíssimo alarde, o que evidencia o grandioso mau gosto de quem gerencia as gurias. As vozes estão ali, carisma, beleza, gostosura e body skills também, é só aproveitar. Sunshine Girl não perde a marca das vozes macias, mas ganha na potência de Eunji e as rápidas transições entre refrão, prés e pós. Se juntar os três singles delas que ganharam MV neste ano, não dá 1/3 das virtudes de Sunshine Girl.
67º Song Ji Eun – Bobby Doll

Se o Secret está basicamente morto, seus principais nomes vão muito bem, obrigado. A galerinha baba na Hyosung, mas eu acho que sua sombra merecia muito mais notoriedade, tanto em estética quando musicalmente. Não fosse o fato de eu ter ouvido isso aqui umas 80 vezes no mês do release, certamente estaria numa posição mais alta. Bobby Doll mescla um visual dark com a sensualidade exorbitante da Idol sem extrapolar para exposições indevidas, construindo assim um conjunto elegante, charmoso e pontualmente dançante. Um grande avanço pra uma das solistas mais subestimadas do cenário atual

E é isso, meus queridos. A próxima parte do top chega em alguns dias. Será que sua fav estará nele? Será que o Japão marcará mais presença? E os ticos? Aguardem.

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